segunda-feira, 18 de julho de 2011

Brasil, além da imaginação

Nas últimas duas semanas, aconteceu o tradicional Fantaspoa - VII Festival Internacional de Cinema Fantástico de Porto Alegre, apresentada pelos Correios e pelo Governo Federal. Com mais de 700 filmes exibidos, provenientes de mais de 30 países - e contando com diversas sessões comentadas por realizadores convidados -, o festival se firma a cada ano como um dos mais importantes e relevantes do gênero. Eles acabaram de divulgar os premiados desta edição. Confira aqui.

Porém, os admiradores do cinema fantástico brasileiros não têm do que reclamar, muito menos os cariocas. Em dobradinha com o Fantaspoa, outro importante festival, de origem recente, se inicia. Depois de três anos, volta hoje à cena carioca o Riofan - Festival Fantástico do Rio 2011, patrocinado pela Caixa e pelo Governo Federal, trazendo mais de 50 títulos às salas de cinema da Caixa Cultural, incluindo longas e curtas-metragens de ficção científica, fantasia e horror. Produções nacionais e internacionais inéditas formam a programação que se estende de hoje até o próximo domingo, dia 24 de julho.

Na abertura, será exibido o mais novo longa de John Carpenter, Aterrorizada (The Ward - E.U.A., 2011) que estava há 10 anos sem lançar um filme para cinema. Seu último filme havia sido Fantasmas de Marte (Ghosts of Mars), de 2001, no qual se misturavam diferentes gêneros cinematográficos. Desde então, ele colaborou com filmes de média-metragem para a série de TV Mestres do horror (Masters of horror).

Dentre as muitas atrações internacionais do festival, podemos destacar Um sussurro nas trevas (The whisperer in darkness), baseado no livro homônimo de H. P. Lovecraft, que pode ser considerado uma verdadeira homenagem ao cinema de gênero e aos filmes B de ficção científica e horror. Filmado inteiramente em preto e branco, evocando um estilo próximo dos filmes da década de 30, o filme traz uma interessante discussão em torno dos limites e tensões entre a realidade e a ficção, a partir das investigações de um cético professor sobre a possível existência de ameaçadoras criaturas extraterrestres.

Uma atração brasileira de destaque é o novo filme do cineasta capixaba Rodrigo Aragão, A noite do Chupacabras (2011), no qual a criatura, que dá título ao filme, aterroriza as vidas de duas famílias rivais no interior do Espírito Santo. Repleto de efeitos especiais, o filme é o segundo longa-metragem de horror de Aragão, que antes havia realizado Mangue negro (2008), premiado internacionalmente em festivais de cinema fantástico. Rodrigo Aragão também ministrará uma oficina de efeitos especiais no festival.

Para se inteirar da programação, acesso o site do Riofan. Com o crescimento de iniciativas como a destes festivais, filmes que muitas vezes passariam ao largo da sala escura conseguem obter o devido cuidado e atenção, sem contar o estímulo à produção nacional, cada vez mais interessada no cinema fantástico. Programem-se e divulguem!


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